Parada do Orgulho LGBTQIA+ em Macapá celebra a diversidade e destaca importância do voto
- Gabriela de Matos
- 5 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de ago. de 2024
Tradicional marcha teve início no Complexo do Araxá, e o final do evento contou com apresentações de artistas locais e nacionais

Foto: Gabriela de Matos/ Rede Almanaque
Neste último domingo (4), foi realizado o encerramento da 24ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Macapá. O ponto alto do evento ocorreu durante o tradicional percurso pela diversidade, que teve início no Complexo do Araxá. Neste ano, a concentração do público foi marcada pela presença de três trios elétricos, conduzidos por renomadas figuras do movimento Drag.
O tema da parada deste ano foi "Seu Voto. Nosso Futuro", com destaque para as cores verde e amarelo. A programação contou com o apoio do Governo do Amapá e a colaboração do deputado estadual Rodolfo Vale, que foi designado como padrinho da edição.
Além de proporcionar entretenimento para a comunidade LGBTQIA+, o evento também serve para relembrar a luta contínua pelos direitos civis fundamentais e pelas políticas afirmativas destinadas a combater a discriminação.
Foto: Gabriela de Matos/ Rede Almanaque
Para Carol Santos, empresária e mulher transexual, participar de um evento público que promove o respeito à diversidade é um ato de coragem e força em uma sociedade marcada pela violência contra mulheres transexuais e travestis.
“Hoje, como uma mulher trans, me sinto muito feliz. Estar representando minha comunidade é motivo de muito orgulho. Sou empresária, mas sei que muitas amigas minhas estão na esquina, e se estão é porque têm público para elas, infelizmente sujeitas a muitos perigos. Celebro os avanços do LGBTQIA+, que está avançando no sentido de mostrar o que nós queremos e o que nós somos”, diz.

Empresária e mulher trans, Carol Santos celebra a diversidade na Parada LGBTQIA+. Foto: Gabriela de Matos/ Rede Almanaque
A secretária de Cultura do Estado, Clicia Miceli, fala sobre o evento que representa a luta da comunidade contra o preconceito.
“Mais uma vez, às margens do Rio Amazonas, nessa marcha de muito brilho e de muita luta, a parada é um momento para mostrar à sociedade aqueles que vivem ainda sob intolerância”, pontua a secretária.
O percurso encerrou na Rua Azarias da Costa Neto, ao lado da Casa do Artesão, e contou com apresentações locais e nacionais. O encerramento reuniu centenas de pessoas que celebraram a noite com as cantoras Karol Conká e Lia Clark.

Foto: Gabriela de Matos/ Rede Almanaque
O movimento LGBTQIA+ originou-se por conta de um ato político durante um período de resistência da comunidade nos Estados Unidos.
No ano de 1969, em um bar chamado Stonewall In, um grupo de pessoas da comunidade, após muitos atos de violência, decidiu resistir a uma ação policial. Após este evento, ativistas passaram a organizar manifestações em defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+. Então, no ano de 1970, em Nova York, aconteceu a primeira parada do orgulho LGBT, e esse movimento de luta se expandiu pelo mundo, sendo celebrado todos os anos.
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