Amigas Arteiras: coletivo explora arte e inclusão através do artesanato
- Gabriela de Matos
- 21 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Grupo reúne artesãos de diversas especializações que transformam suas paixões e vivências em produtos únicos e representativos

Coletivo Amigas Arteiras na ExpoFavela 2024. Foto: Gabriela de Matos/Rede Almanaque
O grupo “Amigas Arteiras” teve início no ano passado, em 2023, durante um curso na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), onde foi apresentado como parte de uma disciplina de empreendedorismo. Durante a apresentação, foram exibidas peças produzidas por artesãos do grupo. O projeto foi bem recebido e conquistou o primeiro lugar na avaliação da matéria. Esse reconhecimento marcou o início formal do coletivo.
“Nós trabalhamos com a costura criativa, bonecas afros, com foco no autismo, por conta de três integrantes do coletivo que possuem filhos autistas, então muitos dos produtos são pensados para este público”, explica a artesã Lucia Nery, integrante do grupo.
O coletivo Amigas Arteiras é composto por 17 integrantes, sendo 15 mulheres e dois homens, pais de crianças autistas que também participam do grupo. Os integrantes possuem diferentes níveis de experiência em artesanato. Algumas têm 8 anos de prática, outras 14 anos, e há uma artesã com 20 anos de carreira, a mais experiente do grupo, especializada na confecção de bonecas afro.
Imagens: Gabriela de Matos/Rede Almanaque
O Amigas Arteiras produz uma ampla variedade de artesanatos. A maioria dos trabalhos reflete temas diversos, como autismo, infância, marabaixo e cultura afro, além das bonecas de pano. Cada membro do grupo é especializado em algum desses segmentos, permitindo a criação de produtos variados e únicos. Recentemente, uma nova integrante passou a criar laços, uma área que ainda não estava representada no grupo. Essa diversidade de especializações é o que diferencia o grupo, possibilitando que cada membro comercialize produtos distintos e exclusivos.
“Nós criamos uma grande variedade de artesanatos; essa é uma característica marcante do nosso trabalho. Não seguimos um único caminho, assim cada artesão consegue trazer sua identidade”, diz.
Cada artista do coletivo mantém seu próprio empreendimento, com ateliês e pontos de venda em suas residências. No entanto, o grupo também conta com um espaço no Mercado Central, onde todos os membros podem comercializar seus produtos. Aqueles que não dispõem de um local de venda em casa utilizam esse espaço. Embora não possam estar presentes todos os dias, o Mercado Central, localizado no boxe 2, representa o principal ponto de venda para o grupo.
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