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Câncer de Estômago é o segundo mais registrado na Região Norte, conforme o Instituto Nacional de Câncer

O motivo é o crescente consumo de alimentos embutidos e defumados, como salsichas, carnes enlatadas, sardinhas e ausência de ingestão de legumes e verduras frescas.


Alimentos Embutidos - [Foto Istock Getty Images]
Alimentos Embutidos - [Foto Istock Getty Images]

O Câncer de Estômago é o segundo mais registrado na Região Norte e fica atrás do câncer de próstata, conforme o Instituto Nacional de Câncer. O Inca alerta para a necessidade de medidas preventivas e acesso ao diagnóstico precoce. De acordo com a entidade, a taxa de existência para o câncer gástrico é de 11,78 casos por 100 mil homens e 5,46 casos por 100 mil mulheres. São as taxas mais altas entre as regiões brasileiras.


O estudo, realizado de 2021 a 2025, aponta que, anualmente, os casos aumentam principalmente em homens acima dos 50 anos. O cirurgião oncológico, Elpidio Neto, informou a razão do crescimento na região.


“A doença tem uma gênese aumentada por fatores ambientais. Crescimento da ingestão de alimentos embutidos e defumados, salgados na salmoura, juntamente com infecção pela bactéria H. pylori – infecção crônica com prevalência muito alta. Existem outros fatores, como etilismo e tabagismo em excesso”, diz.


O médico destacou que pessoas do interior e de regiões remotas consomem, com frequência, salsichas, carnes enlatadas e sardinhas. E, ainda, não possuem hábito de ingerir legumes e verduras frescas.


O Inca também observou a multiplicação dos diagnósticos entre pacientes mais jovens, com alta de 20%. Na Região Norte, o Estado do Amazonas lidera o aumento da doença, com taxa de existência de 13,85 casos por 100 mil habitantes. Em seguida, Pará, com 12,76. Rondônia, com 12,3 e Amapá, com 11,88 casos por 100 mil habitantes.


Elpídio Neto explicou os sintomas. “O câncer gástrico simula várias condições comuns na população. Como gastrite, pedra na vesícula, dispepsia funcional – aquele paciente com alguma intolerância ao alimento e dor epigástrica”, frisou.


Dr. Elpidio Neto - Foto: João Paulo Miranda/Oncológica do Brasil
Dr. Elpidio Neto - Foto: João Paulo Miranda/Oncológica do Brasil


De acordo com a nutricionista clínica com atuação em Oncologia, Thaysa Mourão, a prevenção inclui alimentação equilibrada e acompanhamento profissional. “O nutricionista tem papel importante para fazer ajustes. Às vezes, pela rotina do paciente, ele não consegue atingir todos os nutrientes que precisa por adquirir informações erradas e não ter conhecimento dos alimentos que necessita. Há risco de excesso e falta de nutrientes”.


Alimentos de origem natural servem como prevenção. “A pessoa precisa ter todos os grupos alimentares, como carboidrato, proteína e lipídio. São gorduras e lipídios de boa qualidade, como, de preferência, o consumo da gordura da castanha, abacate, azeites vegetais, verduras, legumes e fibras alimentares. Envolver fibras alimentares é importante para a saúde intestinal e para integridade da mucosa intestinal”, finalizou Thaysa Mourão.


Dra. Thaysa Mourão - Foto: Thaysa Mourão/Arquivo Pessoal
Dra. Thaysa Mourão - Foto: Thaysa Mourão/Arquivo Pessoal

Texto: Por Luiz Felype Santos – Macapá

 
 
 

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